Rainha Vermelha, por Victoria Aveyard

Editora: Seguinte
Páginas: 424
Ano: 2015

Lembro quando Rainha Vermelha foi lançado nos EUA, vários booktubers falavam muito bem dele e desde então fiquei interessada, mas com o dólar do jeito que está, fica difícil comprar cópias em inglês, mas para minha felicidade ele finalmente chegou ao Brasil!

Mare Barrow vive em Palafitas com seus pais e sua irmã mais nova, eles são vermelhos, ou seja, não possuem poderes, basicamente a classe social mais baixa e injustiçada, ao contrário dos prateados, nobres ricos com dons especiais. A única forma (legal pelo menos) de um vermelho manter uma boa vida é ser aprendiz de algum ofício, se você chegar aos 18 anos desempregado, fica automaticamente alistado para guerra e esse seria o destino de Mare, até que numa noite, um prateado bondoso, lhe dá a oportunidade de trabalhar no castelo, para o rei.

A partir dai tudo começa a mudar, logo no seu primeiro dia um acidente faz com que nossa protagonista questione tudo que ela sabe sobre si e sobre o mundo onde vive e então ela passa de camareira a noiva do segundo filho do monarca. Mas a grande questão da história não é o romance e sim, Mare descobrindo o que ela pode fazer e entendendo como realmente funciona sua sociedade.

"O poder é um jogo perigoso. Qualquer um pode trair qualquer um."

Primeiro fator que me chamou atenção nesse livro foi o mapa que se encontra logo nas primeiras páginas, existe forma mais eficaz de trazer o leitor para o mundo da obra? Creio que não. Além disso, Victoria Aveyard criou um ambiente fantástico se apropriando de mitologias que já conhecemos e misturando com outras. Ela escreveu um livro longo e cheio de conteúdo, mas que mesmo assim deixa pontas soltas para os outros dois da trilogia (acredito que o segundo lança em fevereiro do ano que vem), sua escrita é rápida e fácil de ler, terminei em um dia!

Mare me lembrou muito de Katniss (Jogos Vorazes), ela tenta sempre proteger as pessoas que ama, custe o que custar e mesmo assim também quer fazer uma diferença na sociedade, senti apenas que ela confiava facilmente nos outros, até demais para alguém que sabe como são as pessoas do seu mundo. A rainha foi quem me chamou mais atenção, adoro esse tipo de vilã, que é forte e controladora, me convenceu em ser realmente uma ameaça. Ela me lembrou da Catherine (rainha da França na série Reign). Outros personagens também me chamaram atenção, como os dois filhos do rei, acredito que os papeis deles vão crescer bastante no resto da trilogia.

Um dos finais que mais me surpreendeu na vida, tive que parar para entender o que tinha acontecido, o pior é que ele era até meio previsível, mas eu simplesmente não consegui enxergar e fiquei estática depois de terminar a última página, haha, espero ler o próximo logo.

Não sou fã de triângulos amorosos e mais uma vez me deparei com um deles, simplesmente não consigo acreditar no romance quando existe mais de um candidato, esse foi um dos únicos aspectos negativos da história.

A capa é simplesmente maravilhosa, esse detalhe metálico com a coroa virada ao contrário ficou ótima, além de que os detalhes de dentro do livro são lindo. A fonte e diagramação são boas e ajudam na fluidez da leitura.

Em parte, Rainha Vermelha me lembrou A Seleção, no bom sentido, haha (alguns de vocês devem saber que não sou muito fã dessa série) e indico para quem gosta de Kiera Cass. Gostei bastante do livro, me ajudou a sair da ressaca literária que eu me encontrava e me surpreendeu positivamente.

Nota: 4/5