Surpreendente, intrigante e divertido, A Arma Escarlate me conquistou
desde o primeiro capítulo.
Nesse livro, frequentemente apelidado como
"Harry Potter Brasileiro", seguimos a trajetória de Idá, um menino de
treze anos que em meio a um confronto na favela Santa Marta (RJ) descobre que é
bruxo.
A
partir dai, ele, que já havia sido jurado de morte pelo chefe do tráfico,
Caiçara, vai para a tal escola de bruxos do Rio de Janeiro com o intuito de
aprender a dar um fim ao homem que ameaça sua família.
Em meio as descobertas e confusões que ele enfrenta na escola, Idá, aprende o verdadeiro significado de amizade e como valorizá-la, além de também sentir como ele mesmo pode ter uma parte "do mal".
Idá é
um personagem que me deixou muito confusa, as vezes eu considerava ele uma
pessoa maravilhosa, mas dois parágrafos depois já sentia que na verdade ele era
o vilão da história. Foi genial a autora quebrar esse estereótipo que todo bruxo tem que ser "polido" e inocente criando um garoto que convivia com o pior do ser humano todos os dias e que apesar de tudo isso, tinha um jeito de se virar muito malandro que me fez rir em vários trechos do livro.
No primeiro dia de aula no refeitório, o nosso protagonista conhece um grupo de quatro amigos, os Pixies, (Capí, Índio, Viny e Caimana), eles são meio que "bad boys bem feitores", um grupo muito pitoresco que tem grande papel no enredo. Capí foi o personagem que eu mais gostei, não tem como não achar linda a forma que ele cuida das pessoas e animais a sua volta.
Esse é o tipo de história que eu recomendo que vocês leiam sem saber do que se trata exatamente, deixa ela bem interessante, porque se não vamos ficar comparando tudo com HP e essa não é a proposta.
O que
mais gostei nesse livro foram as lições e reflexões que ele traz, como abordar
o tema drogas e mostrar como gradativamente ela pode ir te matando ou fazer a
gente pensar na desigualdade e exclusão social que existe no mundo, imagine uma pessoa ter que lutar para sobreviver todos os dias? Pois é, isso está sempre acontecendo e as vezes nos esquecemos, porque estamos muito concentrados em nosso próprio umbigo.
Também
achei tudo muito coerente, a escola tem exatamente o padrão brasileiro de ser,
não tenho nada contra nosso pais, mas como é mostrado diversas vezes em A Arma
Escarlate, existem sim uma grande desorganização e falta de colaboração por
parte dos cidadãos daqui, felizmente, percebemos também, que tudo não é só negativo e que deveríamos parar de aderir tanta coisa estrangeira e começar a nos valorizar.
Apesar da Renata Ventura ter meio que aproveitado o mundo da JK Rowling, acho que ela criou coisas muito interessantes, como o fato de existirem várias línguas de feitiços e que elas só funcionam em países específicos, uma dessas línguas era até o tupi! Ela trouxe também muitos aspectos histórico bruxos, como o fato de vários reis terem tido magia na veia, inclusive, várias lendas folclóricas estão inseridas nesse contexto histórico, o que eu achei uma verdadeira homenagem a o que fez ou faz parte da cultura brasileira.
A leitura flui facilmente, foi difícil desgrudar do livro, você fica louco para saber o que vai acontecer. O que mais fazia isso acontecer era o Idá e suas ações, ele podia ser bem imprevisível, tanto que se você ler a primeira e última frase do livro, vai se surpreender em como ele se transformou.
Um
livro que todo adorador de fantasia deve ter a oportunidade de ler e que as
escolas deviam aderir, tenho certeza que ele traria ótimas discussões.
PS: Não mencionei nada sobre a varinha de Idá na resenha e acho que algumas pessoas estranharam, mas acho que ela desencadeia muitas coisas no livro que poderiam ser deduzidas se eu falasse aqui para vocês.
★★★★★ ❤
Outras capas:
ISBN: 9788576795445 | Editora: Novo Século | Páginas: 488
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Lara! Muita gente leu esse livro e adorou. Eu não me interessei até hoje e acho que será difícil ter vontade um dia. Suas fotos ficaram lindas e esse cachorro é seu? Pareceu muito o da minha prima, e é lindo mesmo.
ResponderExcluirBjs, leemporai.blogspot.com
É minha sim, é uma maltês, os cachorros dessa raça são normalmente bem parecidos
ExcluirOooh, Lara esse seu cachorro (a) me matou de amores <3.
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar desse livro, parece ser um HP versão nacional, rsrs. Tenho curiosidade pela obra!
memorias-de-leitura.blogspot.com
Hahaha, o nome dela é kitty :)
ResponderExcluirLara que maravilha sua resenha sobre esse livro. Demorei para ligar o nome ao mesmo mas no final o reconheci, não sabia que ele estava com capa nova. Acho a história bem interessante mas os nomes dos personagens são estranhos e me incomodam um pouco, mas claro que o leria se tivesse oportunidade. Quem sabe o compre assim que possível. Ele é um livro único??? Estou tão cansada de séries =\
ResponderExcluirEnfim parabéns pela leitura, resenha e incentivo a literatura nacional!!!! Beijos
Leituras, vida e paixões!!!
Oi, Lara! Nossa, adorei sua resenha! E as fotos ficaram lindas! Posso roubar algumas pra mim? hehe
ResponderExcluirDepois entra lá no grupo Armada Escarlate Brasil, no facebook, e publica sua resenha ali! Eles vão adorar!
bjs! Fico feliz que tenha gostado do livro!!!
Pode sim, hahaha
ExcluirAchei a resenha bem fraquinha, pois parece que vc se preocupou mais em exibir seu quarto e suas estantes de livros do que realmente elaborar um resumo crítico do livro. Há muitas coisas mais a serem ditas que poderiam ter sido mencionadas sem comprometer a leitura póstuma com spoillers... Fica a dica...
ResponderExcluirEsse é o formato das minhas resenhas, que pena que vc n gostou. E obrigada pela dica.
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